A MSD Portugal promoveu uma Lecture Tour sob o mote “New approaches in 1st line treatment of mRCC”, com o objetivo de debater as questões práticas da gestão dos doentes com cancro das células renais avançado tratados com axitinib-pembrolizumab, recentemente financiado pelo INFARMED. Com experiência acumulada da utilização desta combinação, tanto em contexto de investigação como de vida real, o Dr. Pedro Barata, oncologista e docente na Universidade de Tulane em Nova Orleães, EUA, partilhou com a My Oncologia os aspetos mais importantes da reunião. 

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“São excelentes notícias a decisão de tornar disponível, para os nossos doentes em Portugal, a combinação de axitinib com pembrolizumab por um lado, e, depois, a combinação de ipilimumab/nivolumab”, enfatizou o Dr. Pedro Barata, explicando: “Os ensaios de fase III mostraram ser uma mais-valia não só em termos de eficácia, porque melhoram a sobrevivência e a resposta global, mas melhoram também a PFS, sobretudo com a combinação axitinib-pembrolizumab.”

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Além disso, o perfil de qualidade de vida desta associação, quando comparada com o sunitinib, é igual ou melhor, reforça o especialista, defendendo ainda que “não há nenhuma razão para não utilizar esta opção na maioria dos casos com doença avançada de células claras renal”, uma vez que os doentes conseguem viver mais e melhor.

Apesar da combinação axitinib-pembrolizumab estar limitada (em Portugal) à franja de doentes com carcinoma de células renais avançado de histologia de células claras com risco intermédio, o Dr. Pedro Barata acredita que, no futuro, esta terapêutica irá estar disponível para todos os doentes, independentemente do risco, tal como já acontece noutros países, como nos EUA, onde exerce a sua profissão. “O impacto é brutal, porque esta combinação é o novo standard of care e deve ser para a maioria dos nossos doentes”, referiu.

Na sua opinião, esta reunião, estruturada em torno de ensaios clínicos, foi muito completa e informal, com uma interação constante de troca de experiências sobre a gestão de doentes tratados com combinações, sobretudo com a combinação axitinib-pembrolizumab.

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